Turquia
A
história da primeira civilização importante da Anatólia (região da
Turquia) foi a dos hititas,
entre 1900 e 1200 a.C. Os frígios dominaram a região entre os séculos IX e VIII a.C.; no século VII a.C., os lídios fundaram um reino nas costas do mar Egeu, que foi ocupado pelos persas de Ciro II, o Grande, em 546 a.C.
No século IV a.C., o território foi dominado por Alexandre Magno. Nos séculos II e I a.C., chegaram os romanos.
Depois da divisão do Império Romano no século IV d.C, a Ásia Menor passou a fazer parte do Império Bizantino. A cidade que hoje é Istambul, já foi Bizâncio, capital do Império Bizantino e depois Constantinopla, quando foi conquistada pelo imperador romano Constantino. No século XV foi invadida pelos otomanos, tornando-se assim Islam-Bol, ou Istambul (cidade do Islam). A cidade e país são divididos entre os dois continentes, pequena parte na Europa e grande parte na Ásia. E liga o Mar Negro ao Mar Mediterrâneo pelo Estreito do Bósforo.
Neste pequeno relato dá para perceber quão antigo e a importância deste território em termos geográficos e políticos em vários momentos da História. O que marca o país de relatos de guerras, conflitos e grandes negociações.
Em termos mais "atuais"... A Turquia entrou na
I Guerra Mundial motivada pela oferta alemã de recuperar as províncias perdidas na Europa. Depois de um brilhante desempenho das Forças Armadas turcas na campanha de Gallípoli, as forças britânicas invadiram a Síria e ocuparam o sul da Anatólia. Os russos invadiram a Anatólia oriental e central em 1915 e 1916. Um quarto da população morreu, e sobreveio grave crise econômica. Com a rendição, o governo turco foi entregue às forças de ocupação aliadas. O Tratado de Sèvres (1920) determinou que o território turco englobava parte da Anatólia central e setentrional, estabeleceu zonas de influência francesa e italiana, autorizou a criação de uma Armênia independente e um Curdistão autônomo, internacionalizou a zona dos estreitos e deu à Grécia a Trácia e a região ao redor de Esmirna. O exército grego ocupou Esmirna em 1922. Na Anatólia, sob o comando de
Mustafá Kemal Atatürk, ressurgiu o movimento nacionalista turco. Na Guerra da Independência turca (1918-1923), Atatürk expulsou as forças de ocupação gregas, inglesas, francesas e italianas. As zonas turcas da Trácia oriental e da Anatólia passaram a formar um único Estado. Proclamou-se a república com capital em Ancara, e em 1923 o sultanato foi abolido. Dirigida por Atatürk durante 15 anos, a República viveu intenso progresso econômico.
Mustafá Kemal Atatürk se estabeleceu como um líder militar extremamente capaz e inteligente enquanto servia como comandante. Posteriormente lutou com bravura nas frentes de batalha da Anatólia e Palestina, conquistando algum renome para si durante a Primeira Guerra. Com a derrota sofrida pelo Império Otomano nas mãos dos Aliados, e os planos subsequentes para a partilha de seu território turco, Mustafa Kemal liderou o Movimento Nacional Turco, aquela que se se tornaria conhecida posteriormente como a Guerra de Independência Turca; após estabelecer um governo provisório em Ancara, derrotou as forças enviadas pela Tríplice Entente. Suas campanhas militares bem-sucedidas asseguraram a liberação do país e a proclamação da República no lugar do antigo governo imperial otomano.
Como primeiro presidente da Turquia, Atatürk embarcou num ambicioso programa de reformas políticas, econômicas e culturais. Um admirador do Iluminismo,, Atatürk procurou transformar as ruínas do Império Otomano numa nação democrática e secular. Os princípios das reformas de Atatürk costumam ser chamados de "kemalismo", e continuam a formar a fundação política do Estado turco moderno.